Preceito básico

O bom vinho não é o que os críticos e os entendidos enaltecem, nem aquele que custa os olhos da cara, nem o que todos bebem. O bom vinho é aquele de que gostamos, o que conseguimos comprar e, principalmente, o que bebemos em boa companhia!


segunda-feira, 21 de março de 2011

Mendoza - dicas de viagem

Disposto a uma aventura enogastronômica ? Mendoza é o destino.
Aqui vão algumas dicas de quem esteve lá recentemente. E adorou, diga-se de passagem.
Primeiramente: quando ir.
Há programas para o ano todo, mas o ideal é ir nos meses da colheita (fevereiro, março e abril), pois as bodegas estão a pleno vapor, recebendo as uvas colhidas e você poderá ver o processo de produção de forma mais completa. Em especial, a primeira semana de março é indicada, pois é quando ocorre a festa da vendimia, um verdadeiro show ao ar livre, com danças folclóricas, barraquinhas e tudo mais.
Outra questão: como ir.
Não há vôos diretos para Mendoza. A conexão pode ser feita em Buenos Aires ou Santiago. Santiago é mais perto. Você pode também, se tiver um estilo mais aventureiro, alugar um carro em Santiago e ir até Mendoza atravessando a cordilheira (mais ou menos umas 5 horas d eviagem). Acredite, é maravilhoso. Detalhe: só dá para fazer nesta época, pois em outra, a neve deixa a coisa meio perigosa. Você pode também parar alguns dias em Santiago e aproveitar as vinícolas mais próximas da cidade, para depois seguir viagem. Ou, ainda, fazer conexão em Buenos Aires, parando ou não por uns dias para ver um showzinho de tango e tb comer uma parrilla no Puerto Madero (sempre escoltada por um belo Malbec).
Outra questão a se considerar é comprar um pacote em uma operadora, pois fica muito mais barato. Geralmente esses pacotes incluem passagem aérea, hospedagem com café da manhã em hotéis de categoria turística, um city tour, um ou outro passeio e os traslados aeroporto-hotel. Na verdade vale muito mais a pena. Você não é, obviamente, obrigado a seguir o roteiro da agência, apenas aproveita o que lhe for conveniente. Foi assim que eu fiz. Por exemplo, no pacote, em Buenos Aires estava incluso um city tour que foi bem interessante. O show de tango contratamos lá. Em Mendoza estava incluso um tour de dia inteiro pela cordilheira que foi simplesmente fantástico. Incluia também um tour de bodegas, mas era muito turistão. Não fizemos e organizamos nosso próprio tour pelas bodegas que nos interessavam.

Outra questão: como visitar as vinícolas.
Você tem as seguintes opções: contratar uma agência de viagens, alugar um carro, ir de taxi ou contratar remises.
Contratar uma agência é seguro, mas inevitavelmente mais caro (ás vezes, bem caro). Além disso, você corre o risco de ir na mesma condução com outras pessoas que podem não estar no mesmo clima, ritmo ou conhecimento enológico que você, o que pode ser uma grande furada (assim: você pergunta pro cara que tipo de vinho ele gosta e ele responde: seco.).
Alugar um carro é possível se você quer liberdade máxima, parando em qualquer esquina para fotos ou se você curte dirigir em lugares desconhecidos. Mas acredite, mover-se no meio das estradinhas de terra entre as bodegas não é tão fácil e provavelmente você vai perder um bom tempo do seu precioso tempo errando os caminhos.
Ir de taxi só se você for a uma bodega só, mesmo assim não é uma boa opção, pois fica difícil pegar um taxi para a volta, a não ser que você combine um horário , mas aí o preço começa a não valer.
De longe, a melhor opção é contratar remises, que são taxis não numerados que se contrata para um determinado percurso ou período. Contudo, deve ser de confiança. A dica é pedir uma indicação no hotel. Contratamos por 350 pesos (em torno de 150 reais) um carro para ficar um dia inteiro à nossa disposição e nos levar para as vinícolas que quiséssemos. Se estiver num grupo de 4 pessoas, fica a menos de 40 reais por pessoa para um dia inteiro. É claro que convém escutar as sugestões dos motoristas, uma vez que o ideal é agrupar visitas de bodegas de uma mesma região para não perder muito tempo com deslocamento. Consulte um mapa com as bodegas de acordo com a região em que se localizam. É razoável visitar 3 a 4  bodegas por dia, com tempo de sobra para visitas, fotos, degustações, compras e almoço nas próprias bodegas, que geralmente é muito bom, com pratos harmonizados com os vinhos da casa.

Nosso remi nos deixando na porta da bodega


Outra questão: onde comprar vinhos.
Fora um vinho específico de que você tenha ouvido falar e que queira muito comprar (e que provavelmente será encontrado nas várias lojas especializadas de Mendoza), compre vinhos nas bodegas que você visitar. Primeiro, porque você tem restrição do número de garrafas que pode trazer (máximo de 16 de 750ml) e não pode sair comprando tudo – tem que selecionar. Segundo, porque nas bodegas é mais barato. Terceiro, porque haverá uma relação emocional com o vinho que você viu ser produzido ou degustou.

 Uma outra questão: com quem ir.
Três princípios básicos na hora de escolher companhia para a viagem, para não estragá-la:
- vá com quem voce gosta ;
- vá com quem gosta de vinho;
- vá com pessoas animadas.

BOA VIAGEM.


3 comentários:

  1. Fernando,achei muito legal sua introdução a nossa viagem, embora tenha ido com vc,estou ansioso para relembrar nosso tour pelas belissimas bodegas mendocinos.Aguardo os próximos capitulos...
    Grande abraço.

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  2. Eu também quero saber quais outras Bodegas foram visitadas.

    Abs

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  3. Belo post! Dá vontade de visitar os hermanos agora mesmo!

    Aguardo a lista das 16 garrafas! Parabéns pela viagem e pelas visitas às bodegas!

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