Preceito básico

O bom vinho não é o que os críticos e os entendidos enaltecem, nem aquele que custa os olhos da cara, nem o que todos bebem. O bom vinho é aquele de que gostamos, o que conseguimos comprar e, principalmente, o que bebemos em boa companhia!


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Peñalolen Azul 2008

Esse vinho foi adquirido no Cadeg, em Benfica, no Rio de Janeiro.
Comprei-o para experimentar algo da tão falada Viña Quebrada de Macul, uma espécie vinícola "cult" chilena, que fez seu nome em cima de seu top, o Domus Aurea, vinho que andou fazendo estrago e ganhando prêmios por aí.
E a verdade é que, se a vinícola dependesse desse vinho para deslanchar, talvez ficasse mal das pernas.
Tudo bem que Peñalolen é a linha de entrada, mas este Azul foi recentemente lançado com certa pompa.
Não achei nada de mais.
Cor púrpura escura, impenetrável. No nariz é interessante, com um frutado leve, madeira discreta e eucalipto bem marcante. Na verdade, marcante demais, dominando a cena e não deixando espaço para uma maior complexidade. Na boca, mostrou taninos um pouco agressivos, com álcool saliente e manteve o domínio do mentol, o que não agradou (gosto pessoal). Final de boca longo, com algum amargor.
O vinho é bonzinho, tem um toque exótico e tal, mas deixou a impressão que falta algo.
De qualquer forma, não é um vinho fácil de entender.
Espero que o outro vinho que comprei da mesma vinícola seja melhor ( comprei um Alba de Domus).
Classificação: estou na dúvida entre regular e bom, mas acho que fico com bom.


Obs.: O rótulo é bem interessante, com uma cabeça de cerâmica azul.


Veja o que o enólogo diz:
En cuanto al nombre, ha sido elegido por el artista (acuérdate que le queríamos llamarlo Blue inicialmente y Benjamin Lira prefería ponerle Azul). Al final, creo que tenía razón. De hecho, el artista siempre tiene la razón. 
Porque el nombre Azul, creo que la repuesta es bien obvia. Sino que el Azul es algo superior. No solo en la epoca de los reyes, donde el azul era el color de la virgen Maria y simbolo de majestad. Abundante en el mar y el cielo, el pigmento Azul es muy escaso. Difficil de fabricar, el Azul ha sido por mucho tiempo un color de nobleza y lujo.
El Azul simbolisa el infinito, divino y spiritual. Podemos extender mucho mas, como lo veras.
Porque esta escultura? Una cerámica es antiguamente utilitaria, como un vaso en el cual le ponemos algo adentro. Una cabeza de cerámica, vacía adentro, es justamente para ponerle ideas adentro. Es obviamente muy alineado con la filosofía de Peñalolen en hacer sus vinos, que de encontrar nuevas ideas para producir mejor. Peñalolen siempre tendrá como símbolo una cerámica, y porque del vino se trata de hombres, el hombre será el soporte. 

2 comentários:

  1. Olá,colega. Aqui é o Emílio do Adega para todos. Trouxe um Alba de Domus 2006 quando vim do Chile. Abri o vinho numa enorme expectativa, mas descpcionou! É do estilo tudo-tudo: fruta, madeira, etc. Tem o toque mentolado do Maipo, mas eu esperava mais elegância. Estou querendo provar o Domus Aurea, mas o preço é um fator bloqueador.Vou dar dicas de bons vinhos chilenos não muito caros: Chocalan Cabernet Franc e Perez Cruz Cabernet Sauvignon. O Carignan do Pablo Morandé é caro, mas é covardia! Até a próxima.

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  2. Não acredito! O enólogo falou do nome, da marca, da escultura, falou de tudo, menos do corte!

    E quando o melhor do vinho é o rótulo... vixemaria!

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