Preceito básico

O bom vinho não é o que os críticos e os entendidos enaltecem, nem aquele que custa os olhos da cara, nem o que todos bebem. O bom vinho é aquele de que gostamos, o que conseguimos comprar e, principalmente, o que bebemos em boa companhia!


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gaja Ca’Marcanda Promis 2008



O blend supertoscano refere-se a vinhos com componente significante de Sangiovese combinado com variedades não associadas tradicionalmente à Itália, tais como Cabernet Sauvignon, Merlot e outras. Isto diferencia este blend do blend de Sangiovese clássico, no qual uma parte predominante de Sangiovese é combinada com variedades tradicionais italianas. Alguns vinhos famosos como Sassicaia, Masseto and Ornellaia e que são associados ao termo supertoscanos não apresentam Sangiovese o que causa alguma confusão.
De fato, o termo supertoscano foi usado para se referir especificamente a vinhos como Sassicaia and Tignanello. Eram vinhos que não eram incluídos no sistema de classificação DOCG italiano, pois continham variedades não permitidas e eram envelhecidos de maneira diferente (em barrica) ou então tinham 100% de Sangiovese, o que, então, não era permitido para a região do Chianti. Forçosamente foram classificados como vinhos “de tavola”,  mas rapidamente encontraram amparo na crítica especializada e tiveram preços maiores do que os próprios DOCG Chianti Classico e vários Brunello di Montalcino. Começaram a ser chamados de supertoscanos, em virtude de sua popularidade, qualidade e preços elevados. Posteriormente, as autoridades italianas, 1992, reclassificaram esses vinhos na categoria IGT (Indicazione Geografica Tipica).
Esse Ca’ Marcanda é produzido por Angelo Gaja, produtor renomado do Piemonte e que se aventurou na Toscana e escolheu a região de Bolgheri, no litoral, para produzir os seus IGTs.
E, de fato, esse é um belo vinho. Trazido pelo amigo Zé Roberto, recém chegado de viagem pela Itália, foi degustado ontem e impressionou.
Inicialmente um pouco fechado, mas com a aeração abriu e dominou a cena.
Cor rubi média, traslúcido e fluido. Aromas intensos, complexos e com várias camadas, com frutado leve, compota, chocolate e madeira discreta, muito bem colocada. Na boca mostra todo seu potencial, com extremo equilíbrio, sem faltar nem sobrar nada. Taninos aveludados, acidez na medida, álcool quase imperceptível. Confirma o nariz. Final longo e delicioso.
Vinhaço.
Infelizmente, sofreu uma evaporação instantânea, e o ZR só trouxe uma garrafa.
Classificação: excelente.

Por enquanto, sigo degustando meu básico, aguardando o próximo convite para uma incursão à adega do ZR, que está bombando.

7 comentários:

  1. Logo tomaremos os brunellos,amarones,barolos,nobiles di montepulciano,venancias di san giminano,chiantis,prossecos de valdobiadene,sem falar em outros supertoscanos...ufa,que vinhos maravilhosos trouxemos da Italia.
    Da proxima vez mencione o nome da Eliane,ela foi uma companheirona de viajem,e sem ela seria impossivel trazer estes maravilhosos nectares.
    Abs.

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  2. Essas garrafas que evaporam rápido são terríveis. A única solução nesses casos é adquirir uma magnum. O que, cá entre nós, não adianta muito.
    Já tô curioso pra saber sobre essas outras, inúmeras, que seu amigo trouxe.

    Pelo visto, terás vida dura pela frente, Leigo.

    Abs

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  3. Maravilha de post e de vinho! Quanto de álcool tinha essa beleza? 13,5%? Só faltou o ZR dizer por quanto arrematou essa beleza na Itália.

    Parabéns pelo post! Show de rolha!

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  4. Esse ZR é Mandrake.
    O cara viajou comigo pro Chile e conseguiu trazer mais garrafas q eu; viajamos pra Mendoza e o bicho trouxe a Argentina no avião e o máximo que eu consegui foi pagar 120 dolares de excesso de bagagem pelos vinhos que eu trouxe.
    Agora ele chega da Itália com nada menos que 48 garrafas na mala!
    Eu não sei como ele consegue, mas dá certo.
    Quanto ao preço, ele pagou 50 reais. Aqui tá na faixa de 250 paus.
    Abs

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  5. Não tem esta de ser Mandrake não.
    O grande segredo é levar pouca roupa dentro de uma mala de tamanho médio a qual vai dentro de outra maior, vazia é claro,comprar pouca coisa (exeto muitos vinhos bons)ter uma companheira que coopere, ou seja ; leve tb pouca coisa,ajude a arrastar as malas e principalmente goste de vinhos. Pronto agora é só convidar o Fernando com a Heber e bebermos juntos.
    Houve um pouco de exagero trouxemos apenas 28 garrafas nas malas,o restante foi do free shop.
    Este delicioso vinho foi comprado no free shop de Veneza com desconto de 50%.Por isto só paguei 19,9 euros.
    Abs

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  6. Minha nossa, tá ótimo! Parabéns ZR! Pela nova lei aduaneira, cada pessoa pode trazer 16 garrafas (12 litros). Com 2 pessoas, fica tudo certo.

    Parabéns ao LV pelo post e ao ZR pelos vinhos! Não esquece de postar aqui essas belezas!

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  7. Obrigado pelo elogio General. Como vc diz:estou dentro da lei aduaneira,ainda com uma pequena margem.
    Fico um pouco receoso de quebrar alguma garrafa dentro da mala,por enquanto não aconteceu...´´quem não arrisca não petisca´´.
    Esqueci de dizer que levando pouca roupa devemos levar tb sabão em pó.
    A medida que formos tomando os vinhos com certeza que o LV os postarão.
    Abs

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