Outro dia, um amigo me perguntou por que eu não aplicava notas aos vinhos que degustava e postava no blog.
Respondendo, acho que não se avalia vinho como uma máquina, com parâmetros numéricos, precisos de desempenho. Vinho é o momento, a ocasião, a companhia, o lugar, o estado de espírito e, obviamente, o vinho em si.
Não estou dizendo que vou para Paris, sentar num restaurante maravilhoso à beira do Sena, muito bem acompanhado e beber um "Sangue de Bois" achando que aquilo é a oitava maravilha do mundo! Mas dentro de uma perpectiva plausível de bons vinhos, uma boa parte da avaliação pessoal que fazemos dos vinhos tem a ver com o que está ao redor da garrafa e não dentro. Quem nunca bebeu um vinho com 90 pontos e não gostou? Ou um 80 pontos e adorou? Ou ainda, quem nunca não bebeu um vinho numa determinada ocasião e achou muito bom e, numa outra ocasião, achou que ficou devendo? Além disso, o que é bom para um, pode não ser para outro.
De qualquer forma, faço o registro dos vinhos no blog numa classifcação bem subjetiva, como bom, ruim, muito bom, ... Acho que é o máximo de categorização que consigo. Vale mais o comentário que propriamente a classificação.
O melhor vinho que já tomei até hoje, na verdade, foi um vinho simples: Chardonnay IGT Toscana La Verruka 2010. Nem me lembrava do seu nome até ver na foto abaixo, na hora de montar o post.
Mas nem precisava. Foi degustado na maravilhosa cidade de Lucca, num charmoso restaurante à beira da Piazza Napoleone, num final de tarde de absurda beleza, acompanhado da minha esposa e de um casal de amigos muito querido. Ou seja, tinha todos os ingredientes necessários para ser inesquecível. E foi.
Enquanto vinho simples que é, provado pelos grandes experts possivelmente não teria uma grande pontuação, mas, naquele momento, me pareceu um néctar de outro mundo.
Não sei descrevê-lo agora. Só sei que está impresso na minha memória sensorial de maneira definitiva.
A foto abaixo representa a alegria de um brinde entre amigos, prestes a experimentar o melhor vinho do mundo.
Classificação LV: excepcional.
Mas nem precisava. Foi degustado na maravilhosa cidade de Lucca, num charmoso restaurante à beira da Piazza Napoleone, num final de tarde de absurda beleza, acompanhado da minha esposa e de um casal de amigos muito querido. Ou seja, tinha todos os ingredientes necessários para ser inesquecível. E foi.
Enquanto vinho simples que é, provado pelos grandes experts possivelmente não teria uma grande pontuação, mas, naquele momento, me pareceu um néctar de outro mundo.
Não sei descrevê-lo agora. Só sei que está impresso na minha memória sensorial de maneira definitiva.
A foto abaixo representa a alegria de um brinde entre amigos, prestes a experimentar o melhor vinho do mundo.
Classificação LV: excepcional.
Brilhante!
ResponderExcluirParabéns pelo belo post, Leigo. E pelo belo vinho.
Abs
LV, quando as pessoas pegarem uma ficha de pontuacao de vinhos nas maos entenderao melhor porque um vinho de 90 pontos pode ter gosto ruim e um de 80 pode ter melhor gosto.
ResponderExcluirSou contra o sistema de pontos, MAS eu entendo aquilo e ja julguei vinhos por esse sistema.
O bom do sistema de pontos que a turma do Parker usa he que ficamos blindados das emocoes. Boas ou mas. Ate dentro de uma vinicola ele se mantem "imparcial" (nao 100%, claro).
Post interessante. Blog com conteudo, parabens. Nem tudo no mundo do vinho no Brasil he perda de tempo e gente sem proteina na cabeca e/ou fazendo propaganda disfarcada de "degustacao".
jratao.blogspot.com
Por coincidência foi em Lucca que provei meu primeiro BRUNELLO..e com certeza vai ser o melhor..aquela cidade medieval com suas praças redondas deixam qualquer vinho ,desde o mais simples ao melhor,top, em um verdadeiro espetáculo...
ResponderExcluirSempre acreditei na velha maxima: " o melhor amigo é o amigo do botequim ". Dai, tô querendo tomar este IGT La Verruka de novo.
ResponderExcluirValeu Leigo, abs.
Pedal só