Preceito básico

O bom vinho não é o que os críticos e os entendidos enaltecem, nem aquele que custa os olhos da cara, nem o que todos bebem. O bom vinho é aquele de que gostamos, o que conseguimos comprar e, principalmente, o que bebemos em boa companhia!


quinta-feira, 24 de março de 2011

Viagem a Mendoza - Bodega Família di Tommaso

Eu já postei aqui sobre a Bodega Lopez, que foi, definitivamente, a que mais me agradou em Mendoza. Mas quando fui para lá já fui com uma expectativa alta.
Uma bodega para a qual fui sem expectativa nenhuma e que me surpreendeu foi a Bodega Familia di Tommaso.

Nunca tinha ouvido falar. Seus vinhos não são vendidos em nenhum lugar, a não ser na própria bodega.  Na verdade fui para lá por uma indicação do nosso motorista, que, na verdade, mostrou ser um grande conhecedor do assunto. A visita foi demais.
Criada em 1869, é uma bodega que se orgulha de ser a mais antiga de Mendoza. Ela mantem sua estrutura original, mas hoje não é mais usada para a produção e sim para ser apresentada na visita.
Grandes tanques de alvenaria, que hoje abrigam garrafas em amadurecimento.



Toda a estrutura é de uma rusticidade encantadora e a guia, que, na verdade, é filha do dono, Sr. Tommaso, descendente do fundador, nos atende com grande amabilidade. Algo bem informal e acolhedor. Ela discorre fluentemente sobre todo o processo de colheita e vinificação e o faz com um orgulho que só uma bodega familiar tem para apresentar.
Toda a estrutura antiga da bodega foi tombada como patrimônio de Mendoza e não pode ser alterada, de maneira que é a mesma desde a fundação. Há também um restaurante anexo, mas não visitamos.
Somos levados a conhecer vinhos antigos e especiais numa sala antiga, que foi, no passado, um enorme tanque de fermentação.


No final, degustação de 4 vinhos: um da linha básica, dois da linha intermediária (excelentes) e um doce.



Sente-se o terroir, a tradição e a busca da qualidade. Vinhos especiais, artesanais, como não se encontra facilmente. Todos os vinhos ganham nomes de integrantes da família. Não tem como não se apaixonar.

Comprei o top da casa, um "edição limitada", feito apenas uma única vez, safra 2004, "Don Angelo Malbec Ultra Premium", com tiragem de apenas 4467 garrafas, numeradas, sendo que 3400 já haviam sido vendidas.
A minha é de número 3463 e já está na adega dormindo um pouco até uma ocasião especial (nossa guia disse que seria um crime abri-la antes de 2016). Eu devia é ter comprado mais!
Resumindo: é imperdível.

6 comentários:

  1. Tb não conhecia essa Bodega.
    Quanto custou a degustação?
    E esse edição limitada? Quanto custa?

    Vais guardar mesmo até 2016? É bom anotar no rótulo, hein? hehehe

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  2. A degustação saiu por 15 pesos (6-7 reais).
    O vinho saiu por 120 pesos (52 reais).
    Engraçado é q ninguem conhece essa bodega por aqui, mas lá é repseitadíssima, sinônimo de qualidade, assim como a Lopez.
    Os locais quando viam a gente com vinhos de lá, faiam cara de aprovação e falavam - este conhece.
    Quanto a guardar até 2016, vai ser dificil, já está coçando para abrir.
    A besta aqui devia ter trazido pelo menos duas.
    Pior que quando eu voltar, provavelmente não vai ter mais para comprar.
    Abs

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  3. Tb acho incrível que esse tipo de bodega, como a Lopes e essa Tommaso, sequer tenha importador aqui.
    Espero que quando eu for a Mendoza, ainda tenha alguma garrafa desse vintage pra vender.

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  4. Outro belo post e excelente enoaventura! Rumo a 2016! (se der...)

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  5. Olá!

    Que bom que está indo para mendoza!

    Manda o teu e-mail para o do nosso blog (vinhopor2@gmail.com), que te passamos umas dicas bem legais, assim como alguns orçamentos.

    Vale visitar a Salentein e a O. Fournier, mas elas ficam aproximadamente 01 hora e 30 minutos do centro de Mendoza, não estão muito perto.

    Abs.

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