Ao partir para Mendoza eu tinha uma certeza: degustaria excelentes vinhos.
De fato, isso aconteceu. O que eu não sabia e que me surpreendeu foi a estrutura que encontramos por lá para o enoturismo.
As vinícolas, ou bodegas (como chamam por lá), geralmente têm espaços próprios para receber os visitantes, e, muitas vezes, apresentam estruturas sofisticadas, além de programas especialmente voltados para a apresentação da bodega, sua história, suas técnicas de produção e manejo, cursos de degustação e restaurantes, onde são servidos almoços requintados e harmonizados com seus vinhos. Tudo muito profissional, geralmente com custo bem acessível. Além disso, há espaços para venda de seus vinhos, geralmente por preços muito bons, além de lembrancinhas de todo tipo e apetrechos relacionados ao mundo do vinho. Fantástico!
E, se não bastasse, a região é lindíssima, com uma geografia privilegiada, com vastas áreas planas plantadas, ao lado da fabulosa Cordilheira dos Andes. Paisagens incríveis, cartões postais.
Fui com uma expectativa alta e mesmo assim me surpreendi.
Quem aprecia vinho TEM que visitar Mendoza. Os iniciantes aprendem muito e os iniciados se aprimoram.
Há bodegas de todo tipo: pequena, média, grande, rústica, mecanizada, artesanal, histórica.
Sem dúvida nenhuma, a bodega que mais me impressionou foi a Lopez, que inclusive foi indicação de um colega do Enoblogs, do Wineleaks ( valeu BK!).
As vinícolas, ou bodegas (como chamam por lá), geralmente têm espaços próprios para receber os visitantes, e, muitas vezes, apresentam estruturas sofisticadas, além de programas especialmente voltados para a apresentação da bodega, sua história, suas técnicas de produção e manejo, cursos de degustação e restaurantes, onde são servidos almoços requintados e harmonizados com seus vinhos. Tudo muito profissional, geralmente com custo bem acessível. Além disso, há espaços para venda de seus vinhos, geralmente por preços muito bons, além de lembrancinhas de todo tipo e apetrechos relacionados ao mundo do vinho. Fantástico!
E, se não bastasse, a região é lindíssima, com uma geografia privilegiada, com vastas áreas planas plantadas, ao lado da fabulosa Cordilheira dos Andes. Paisagens incríveis, cartões postais.
Fui com uma expectativa alta e mesmo assim me surpreendi.
Quem aprecia vinho TEM que visitar Mendoza. Os iniciantes aprendem muito e os iniciados se aprimoram.
Há bodegas de todo tipo: pequena, média, grande, rústica, mecanizada, artesanal, histórica.
Sem dúvida nenhuma, a bodega que mais me impressionou foi a Lopez, que inclusive foi indicação de um colega do Enoblogs, do Wineleaks ( valeu BK!).
Fachada principal |
A Bodega Lopez é um caso singular dentro da indústria vitivinícola argentina: inaugurada há mais de um século, continua ainda hoje nas mãos da família fundadora. Seu estilo combina tradição e renovação tecnológica. Seu fundador chegou à região em 1886 proveniente de Málaga, Espanha e decidiu instalar seus vinhedos ali em 1898, para fugir da filoxera, que devastava vinhedos na Europa então.
Escudo da família |
Nas instalações bodega, vários elementos de trabalho contam sua história. Caminhões, prensas, tonéis e apetrechos do início do século encontram-se em perfeito estado de conservação e são apresentados na visita regular, que conta um pouco da história da bodega, que se confunde com a própria história da vitivinicultura argentina.
Em tempos de valorização do estilo do Novo Mundo, a Bodega Lopez segue em seu próprio estilo há mais de 100 anos, acreditando na sua tradicional maneira de fazer vinho, bastante "Velho Mundo". Não se deixa influenciar pelas tendência de mercado. Vinhos finos, elegantes, onde não falta nem sobra nada.
Os funcionários demonstram uma grande admiração pelo trabalho que a vinícola desenvolve e acreditam na proposta.
Infelizmente, no Brasil ainda não temos onde encontrar seus vinhos, mas a guia me confidenciou que ainda este ano eles já terão representantes por aqui.
A visita começa mostrando o processo de produção, a partir do momento em que as uvas chegam até a bodega (seus vinhedos se localizam a mais ou menos 20 minutos de lá). Nesta época do ano já está ocorrendo a colheita, assim, pode-se ver todo o processo.
Os funcionários demonstram uma grande admiração pelo trabalho que a vinícola desenvolve e acreditam na proposta.
Infelizmente, no Brasil ainda não temos onde encontrar seus vinhos, mas a guia me confidenciou que ainda este ano eles já terão representantes por aqui.
A visita começa mostrando o processo de produção, a partir do momento em que as uvas chegam até a bodega (seus vinhedos se localizam a mais ou menos 20 minutos de lá). Nesta época do ano já está ocorrendo a colheita, assim, pode-se ver todo o processo.
Caminhão descarregando uvas recém colhidas |
Visita bastante esclarecedora e didática, com guias extremamente atenciosos e educados. Aliás, na argentina todos parecem gostar de brasileiros.
Passamos pelos tanques de fermentação antigos (as piletas), construídas em alvenaria e revestidos com cera de abelha e também pelos tanques atuais, modernos, de aço inox, com temperatura controlada.
Tanques de aço inox para fermentação |
Os incríveis tonéis de até 20 mil litros (acreditem!) são obras-primas que impressionam e contituam em uso, alguns com mais de 100 anos. O pensamento é que nesses tonéis os vinhos amadurecem melhor, com uma oxigenação menor e mais lenta, demorando mais, mas obtendo um produto final de maior qualidade. Alguns de seu vinhos chegam a ficar 10 anos em tonéis, o que seria impensável com barricas de carvalho novo com capacidade para 225 litros que geralmente são usados. Incrível.
Barricas de 20.000 litros |
Vimos também a área de engarrafamento, totalmente automatizada, bastante moderna.
Depois passamos por um mini-museu da bodega. Muito interessante.
Caminhões de transporte do início sec. XX |
Antigas prensas |
Finalmente, fomos levados a uma maravilhosa cave subterrânea, onde fizemos uma degustação de um espumante e um tinto da linha intermediária - o Casona Lopez.
Acabada a visita guiada, o visitante tem a oportunidade de ir ao restaurante da bodega, o que infelizmente não fizemos em virtude da hora da nossa visita ou ir ao salão do Centro de Atenção ao Turista, onde poderá fazer degustações de vários tipos e preços, e, claro, comprar vinhos.
Detalhe: os preços são inacreditáveis. Vinhos excelentes a preços suspreendentes.
Fizemos uma degustação de três vinhos, orientada pelo atencioso Juan: Casona Lopez Syrah 2007, Chateau Vieux 2003 e Montchenot "10 anos" 2001. Os dois últimos, excelentes.
Para se ter uma idéia, a bodega, remando contra a maré, não nomeia seu vinhos pelo nome da uva, nem investe muito em varietais, mas em blends, com nomes do tipo : Montchenot, Chateau Vieux, Traful, Vasco Viejo, López.
Sem dúvida, a estrela da casa é o Montchenot, um blend que estagia por 10 anos em tonéis de carvalho francês de 5.000 a 20.000 litros, para depois ir para a garrafa. Na garrafa ele é o " Montchenot básico" 10 anos. Se estagiar por mais 5 anos na garrafa, é o "15 anos" e, se ficar dormindo por 10 anos na garrafa, é o "20 anos".
Comprei algumas garrafas e futuramente virarão posts.
Valeu demais.
O que você tá esperando? Vá logo!
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Belíssimo post. Agora me deixastes com inveja. Mas ainda vou fazer esse passeio.
ResponderExcluirSó quero creditar ao Doutor a dica. Que foi lá, mas não tirou as belas fotos que vc tirou. Teu post é o derradeiro sobre a Bodega Lopez.
Parabéns.
De fato, belíssimo post, LV! Coisa de revista: fatos, fotos, curiosidades... muito completo!
ResponderExcluirAo todo, foram quantos dias de enofarra?
Parabéns pela viagem, pela experiência e pelo post!
Valeu.
ResponderExcluirAo todo foram 8 dias: 4 em Buenos Aires e 4 em Mendoza.
Mas se voltasse no tempo teriam sido 8 em Mendoza.
E tem material lá pra pelo menos 30 dias, e sem ser repetitivo.
Abs
Leigo
Adorei esse post! Estou desiludido com a modernidade dos vinhos andinos. Seus enólogos dizem que são forçados a colher as uvas sobremaduras, senão os taninos ficam verdes. Os admiráveis Montchenots e os antigos Weinerts, os desprezados "velhos vinhos argentinos", são possíveis provas de que isso é uma grande balela. A Weinert deixou de ser importada pela Aurora e a Lopez ainda não é (pelo visto), deixando clara a nossa imaturidade como país consumidor. Por favor nos avisa o dia que souber que a Montchenot conseguiu importador.
ResponderExcluirOlá, Oswaldo. Caso queira posso lhe enviar montchenot 2002, pois comprei 06 unidades. Vc mora onde?
ExcluirJacquesmartins@hotmail.com
Caro Oswaldo.
ResponderExcluirDurante a visita me garantiram que a Lopez iniciará ainda este ano a distribuição no Brasil, provavelmente no segundo semestre.
Agora, a que preço é que são elas.
Se tiver novidades, envio.
Abs
A Bodegas Lopez realmente é um "estranho no ninho" (ou no vinho) da Argentina. Tradição pura! Adoro os Montchenots (dê uma olhada nas postagens que fiz sobre eles) e torço para voltem a ser importados para o Brasil...
ResponderExcluirAbs,
Luiz Cola
www.vinhosemaisvinhos.blogspot.com
Luiz,
ResponderExcluirestes seus posts ja tinha visto.
Aliás acompanho sempre seu blog.
Comprei uns seis vinhos da Lopez, mas como não são vendido por aqui, tô esperando uma ocasião especial para abri-los. Serão devidamente postados aqui.
Abs e abrigado pela visita.
Quem aprecia vinho TEM que visitar Mendoza. Os iniciantes aprendem muito e os iniciados se aprimoram.
ResponderExcluirEsta sua frase é repetida por mim a todos os amigos que realmente apreciam um bom vinho..estive em Mendoza em Maio e fiquei por lá 6 dias..visitei,com muito esforço e logística, 14 bodegas e provei os melhores vinhos de minha vida..sem falar na gastronomia..sensacional..que saudades !!
Gracias, muy buenos comentarios! Como soy López, estoy muy orgulloso de mi apellido!
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